• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Desaceleração do IGP-M concentrou-se em commodities agrícolas


Terça-feira, 22 de janeiro de 2013 - 08h25

A segunda prévia de janeiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgada nesta segunda-feira (21/1) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que a desaceleração do indicador foi puxada por matérias-primas agropecuárias, como grãos, no atacado. A avaliação é do superintendente adjunto de inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Salomão Quadros.


No segundo decêndio de janeiro, o indicador teve alta de 0,34% ante avanço de 0,69% na apuração anterior. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - com peso de 60% no IGP-M - foi de 0,75% para 0,23% no mesmo período.


Dentro do IPA indicador, o segmento matérias-primas brutas saíram de alta de 1,06% para queda de 0,73%. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram soja em grão (-1,53% para -6,03%) e milho em grão (6,07% para -0,83%). Soja e milho, juntos, têm peso de 8,75% no IPA. Em janeiro os produtos agropecuários recuaram 0,11%, depois de alta de 1,25% em dezembro.


"O recuo visto nos preços de commodities agrícolas se deve a fatores como a entrada da safra brasileira, principalmente da soja, e a revisão [para cima] da safra americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que os estoques do grão não estavam tão baixos quanto se imaginava", afirma o especialista.


Quadros destacou que a queda dos preços dos grãos, como milho e soja, insumos básicos na produção de ração animal, começa a baratear o preço das carnes no atacado, caso de aves (de 6,60% em dezembro para 2,80% em janeiro) e suínos (5,5% para 1,28%).


IPC "veio mais forte"


O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do IGP-M, foi de 0,69% para 0,70% entre a segunda prévia de dezembro e a de janeiro. "O IPC veio um pouco mais forte em janeiro por causa de alimentos in natura e frutas. É um período de chuvas, que atrapalha a colheita de alguns alimentos", diz Quadros. "Houve também uma contribuição de educação, com o reajuste de mensalidades escolares."


No IPC, o grupo alimentação avançou 1,58% em janeiro, após alta de 1,17% no mês anterior. Nesse período houve aceleração nos preços de hortaliças e legumes (2,43% para 10,19%) e frutas (0,22% para 4,05%).  "Como janeiro é um período de fortes chuvas, acreditamos que a alta desses alimentos seja passageira", afirma.


Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), no segundo decêndio de janeiro, subiu 0,19% ante alta de 0,34% na leitura de dezembro. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,31% neste mês ante alta de 0,27% em dezembro.


O grupo mão de obra teve queda de 0,07%, no segundo decêndio de janeiro, enquanto no mês anterior o avanço fora de 0,42%.


Fonte: Valor Econômico. Por Diogo Martins. 21 de janeiro de 2013.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja